domingo, 3 de julho de 2022

A história de Braga contada pelos calendários de bolso (XVI) - Rendália

    A propósito da Feira do livro a decorrer em Braga e das inúmeras iniciativas integradas no programa, ontem chamou-me especial atenção o espaço dedicado ao projeto "Letras de Braga" que incorporou uma visita pelas ruas da cidade, chamando a atenção para muitas das imagens que existem e algumas que já desapareceram.

  Este meritório projeto, pelo que percebi, visa salvaguardar objetos e imagens que constituem a memória visual da nossa cidade Braga, com maior incidência nos reclamos, luminosos ou não, das casas comerciais.

    Porque se trata de matéria associada e complementar, tudo aquilo que procuro fazer nas publicações deste blog, assenta num mesmo princípio, salvaguardar as memórias da cidade, pelo que senti que, de forma mais modesta e singela, estou no caminho certo e, apesar das poucas contribuições que tenho recebido, vale a pena insistir neste espaço.

    E como um dos itinerários da referida atividade passou exatamente pela Rua do Souto, pude confirmar o desaparecimento da "Rendália", casa que durante muitos anos ocupou parte do nosso horizonte visual quando deambulávamos pela rua comercial mais importante da cidade. 

    Já há algum tempo que era para escrever algo sobre a Rendália, principalmente por ter em minha posse um calendário do ano de 1957, portanto com mais de 60 anos que, a meu ver, merecia relevo.

    É verdade que fui adiando a publicação sobre esta casa, na miragem de encontrar alguém que me pudesse dar a conhecer um pouco da sua história, para eu aqui a reproduzir. Mas a verdade é que tal nunca veio a acontecer.

    É que, mesmo nas pesquisas que fui fazendo, apenas sei que pertencia a um tal Sr. Ferreira (informação obtida no grupo "Memórias de Braga" do Facebook), imagino que não deveria ser sociedade, e as poucas pessoas que fui interpelando, toda a gente reconhecia a casa, mas na verdade, pouco ou nada dela sabiam.

    Lanço por isso aqui o calendário na esperança de que algum dos, poucos, seguidores deste blog, saiba alguma coisa sobre a matéria e queira ter a delicadeza de nos dar a conhecer alguma coisa desta casa.



    Curioso que em  http://arpose.blogspot.com/2010/05/ encontrei uma publicação que me atrevo a reproduzir, do que parece um caderninho do mesmo ano, que replica a mesma imagem. Este tipo de caderninhos singelos, muito comuns à época (recordo-me dos editados pela "Benamor" ou pela "Augusto Costa"), possuíam um conjunto de informações sobre a cidade.


    Parece que o ano de 1957 terá sido um ano especial, onde a casa terá apostado mesmo em se dar a conhecer. Seria o ano do início da atividade?

    Na internet, para além de algumas poucas referências, nada mais encontrei sobre esta casa e por isso mesmo, considero importante esta publicação para que este estabelecimento não caia no esquecimento.

    Fico então à espera...