Património da Humanidade
Carruagens entorpecidas
Acordam tranquila manhã
Por escadas sobem vidas
Em busca de uma vida sã.
Árvores de ontem que chamam
Alegre e pura harmonia
Pássaros com filhos que amam
Uma distinta melodia!
Velho canudo se distrai
Com solitário pescador
Como um irmão que lá vai
Em santuário de esplendor
Acordes sineiros no ar
Em ambiente perfumado
Noivo e noiva, formoso par
Para o altar convidado
Tabuleiro cinza, em jogo
Uma pedra, santo e muar
Auroras, ocasos de fogo
Estranho rito p’ra casar
Frágil barquinho no lago
Oásis da navegação
Porque será que fica gago
Nas correntes da iniciação
Dum anão, obra sonhada
P’ra gigante executar
História, ao mundo contada
Daquele que nos quis salvar
Cálidas noites de verão
Ao longe, a cidade murmura
Brandas conversas em serão
Aromas tépidos, frescura
Na fuga da despedida
Tristeza de noite sem luz
Traço da camélia sentida
De Unamuno, em Vera
Cruz
Os sete segredos guardados
Do nosso Éden pitoresco
Ao mundo, agora desvendados
Pelo canudo da Unesco
Solana