sexta-feira, 26 de julho de 2019

Património da Humanidade


Património da Humanidade

Carruagens entorpecidas
Acordam tranquila manhã
Por escadas sobem vidas
Em busca de uma vida sã.

Árvores de ontem que chamam
Alegre e pura harmonia
Pássaros com filhos que amam
Uma distinta melodia!

Velho canudo se distrai
Com solitário pescador
Como um irmão que lá vai
Em santuário de esplendor

Acordes sineiros no ar
Em ambiente perfumado
Noivo e noiva, formoso par
Para o altar convidado

Tabuleiro cinza, em jogo
Uma pedra, santo e muar
Auroras, ocasos de fogo
Estranho rito p’ra casar

Frágil barquinho no lago
Oásis da navegação
Porque será que fica gago
Nas correntes da iniciação

Dum anão, obra sonhada
P’ra gigante executar
História, ao mundo contada
Daquele que nos quis salvar

Cálidas noites de verão
Ao longe, a cidade murmura
Brandas conversas em serão
Aromas tépidos, frescura

Na fuga da despedida
Tristeza de noite sem luz
Traço da camélia sentida
De Unamuno, em Vera Cruz

Os sete segredos guardados
Do nosso Éden pitoresco
Ao mundo, agora desvendados
Pelo canudo da Unesco

Solana